domingo, 19 de maio de 2013

Vento no rosto e muita correria cruzando a Ponte Rio-Niterói

Por: Marcel Tardin 18/05/2013

Edição 2013 da Corrida da Ponte acontece neste domingo, abrindo espaço para os amantes da corrida de rua e de uma das mais belas paisagem do estado do Rio 















O domingo será um dia especial para cerca de oito mil pessoas. Homens e mulheres que irão levantar cedo com um único objetivo em mente: cruzar a linha de chegada da Corrida da Ponte 2013. Em sua terceira edição, na era moderna da competição, o evento abre espaço para atletas aspirantes e profissionais, que, acima de tudo, buscam vencer suas próprias limitações tendo como inspiração o panorama da maior ponte sobre águas do hemisfério sul do globo.
Em formato de meia-maratona (21,4km), o percurso começa em Niterói, no Caminho Niemeyer, passa pela Ponte Presidente Costa e Silva e termina no Aterro do Flamengo, na passarela do MAM (Museu de Arte Moderna). Para a realização da prova, um esquema especial de trânsito foi montado, com interdição de diversas vias e alteração de mão.
Supervisor Técnico da Academia Tio Sam de Icaraí, Bruno Gonçalves irá participar da prova com sua equipe, formada por outros dois treinadores e 24 atletas. Sem pretensões de vencer a corrida, o time corre pela satisfação pessoal de sentir o vento no rosto e cruzar a linha de chegada.
“Esse ano não temos atletas no pelotão de elite, pois trabalhamos com atletas amadores que fazem parte da nossa equipe em busca de qualidade de vida e lazer. Alguns irão participar pela primeira vez da prova e estão empolgados com o visual do percurso”, afirmou.
Diferentemente de uma preparação profissional, os atletas aspirantes necessitam de um acompanhamento especial para encarar uma corrida caracterízada por pontos críticos (como a subida do Vão Central e a Perimetral), asfalto quente, sem sombra e ventos fortes.
Bruno explica que para evitar o que, na gíria do esporte, é conhecido como “breakdown”, a mente precisa estar tão forte quanto o corpo.
“Grandes atletas já “quebraram” em diversas provas ao redor do mundo, e buscamos orientar os nossos para que comecem “sentindo” a prova. E caso se sintam bem, aumentem o ritmo gradativamente até encontrar o ponto ideal para realizar todo o percurso de acordo com os treinamentos de preparação realizados”.
Trinca
No total, entre homens e mulheres, a Corrida da Ponte 2013 receberá 44 corredores de elite – 35 do Brasil, seis do Quênia, dois da Tanzânia e um da Bolívia. Destaque para a brasileira Marily dos Santos, que chegou em primeiro lugar em 2011 e 2012 e quer repetir a dose nesse ano.
“A Corrida da Ponte é prioridade no meu calendário, e deixei de competir outros eventos para chegar descansada no dia da prova. Sei que será difícil, conheço a força das adversárias, mas vou lutar para chegar ao pódio. E, se vacilarem, no lugar mais alto”, disse a representante brasileira na Maratona Olímpica dos Jogos de 2008, para completar: “Corredor não pode escolher nem o local nem o clima das competições, mas adoro correr no Rio de Janeiro”.

Fonte: O Fluminense

Hospital Estadual Alberto Torres inaugura centro de trauma

18/05/2013

A nova unidade será totalmente equipada com tecnologia alemã e será voltada para os pacientes politraumatizados. A abertura acontecerá no dia 14 de junho 














Foi marcada para o dia 14 de junho, às 17h, a inauguração do mais moderno Centro de Trauma do Estado do Rio de Janeiro e um dos mais avançados do País – um modelo de assistência a pacientes politraumatizados similar ao do Centro de Trauma de Baltimore, referência nos Estados Unidos e que atende, inclusive, o presidente Barack Obama. O novo centro, localizado no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), será totalmente equipado com tecnologia alemã. Parte dos investimentos na obra é do Fundo Nacional da Saúde, vinda através de emendas apresentadas pelo deputado federal Edson Ezequiel (PMDB).
“Tenho apresentado na Câmara Federal, sistematicamente, emendas beneficiando diversos municípios na área da saúde. São Gonçalo, cidade onde moro há mais de 50 anos, sempre fez parte dessa minha listagem, porque foi lá que dei início, como prefeito por dois mandatos, a uma verdadeira modernização no processo de assistência à saúde tanto primária como secundária. Portanto, conquistar recursos para a montagem de um centro de trauma, com equipamentos de última geração, é uma vitória gratificante”.
No final do ano passado, durante a visita do governador Sérgio Cabral ao Centro de Trauma de Baltimore, um acordo foi assinado com a instituição para capacitação de profissionais da secretaria estadual de Saúde, organização do fluxo de atendimento ao paciente de trauma, estabelecimento de protocolos clínicos e desenvolvimento de um sistema de registro e informação no Estado do Rio. Este mês, seis enfermeiros e quatro médicos do Rio começarão a ser treinados no Centro de Trauma.
“Vamos inaugurar em junho o Centro de Trauma trabalhando com a Universidade de Maryland. Isso é algo revolucionário e vai estimular muito os nossos profissionais. Eu conheci o método de trabalho deles em Baltimore. Não é apenas a tecnologia da máquina. É tecnologia do conhecimento, da forma de proceder diante de um desafio tão grande que é o trauma. Que é o desafio de manter uma pessoa viva e se locomovendo. É realmente fascinante”, disse o governador.
Quando estiver implementado o modelo americano, adaptado à realidade fluminense, terá a mesma política de atendimento de trauma que permitiu a redução de 50% no número de óbitos entre as vítimas de Maryland: assistência integral ao paciente, desde o atendimento de urgência pré-hospitalar móvel (Samu ou Grupamento de Socorro de Emergência) até receber alta.

Fonte: O Fluminense

Crise em unidades particulares de Saúde em Niterói e SG em debate


Por: Vinícius Rodrigues 

Fórum debate situação em hospitais e aponta possíveis soluções para setor. Junta encaminhará documento com reivindicações aos vereadores das duas cidades 














A crise nos hospitais e serviços de saúde do sistema privado em Niterói e São Gonçalo foi discutida na manhã de sexta-feira no Centro de Niterói, durante o 1º Fórum do segmento de saúde suplementar, realizado pela Associação de hospitais do Estado do Rio de Janeiro. Questões como o sucateamento e judicialização da saúde, falta de definição dos investimentos da União para o setor e problemas na prestação de serviço das operadoras de plano de saúde, foram os assuntos mais discutidos entre os profissionais.
Ficou decidido que, na próxima semana, um documento contendo as principais reivindicações será encaminhado aos poderes legislativos de Niterói e São Gonçalo para a resolução do impasse.
Segundo o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde privados de Niterói e São Gonçalo, os reajustes da saúde não acompanham as atualizações tecnológicas. “O drama precisa acabar. Os pacientes não conseguem vagas nos hospitais privados. Foram 18 hospitais fechados na região de Itaboraí, Niterói e São Gonçalo, em 15 anos. Só neste ano, foram dois, sendo que o Hospital Santa Lúcia, em São Gonçalo, está caminhando para o fechamento. Isso é fruto da doença crônica que se estabeleceu”, disse o presidente do sindicato, Aécio Nanci Filho.
Um exemplo de como a saúde privada no Brasil está gerando insatisfação é traduzida em números. Entre todas as queixas dos usuários dos planos de saúde à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a negativa de cobertura é o principal motivo. Em 2012, foram recebidos 210.514 pedidos de informação e 75.916 reclamações. Dessas, 75% envolveram o tema negativo da cobertura.
Para Aécio Nanci, os consórcios municipais funcionam racionalizando a gestão de várias instituições hospitalares. “Não faz sentido termos estruturas hospitalares divorciadas. Uma das soluções passa pelos secretários de saúde, que poderiam estar se reunindo, propiciando uma lógica de racionalidade maior, definindo quem vai fazer determinadas cirurgias, atendimentos e exames. Os leitos de Maricá, Tanguá e outros municípios menores não têm complexidade, o que causa a lotação em São Gonçalo e Niterói”, revelou.
Reajuste de 100%- Os sindicatos pedem 100% do reajuste em 100 procedimentos de baixa e média complexidade mais utilizados. Hoje, o Sistema Único de Saúde, o SUS, repassa aos hospitais conveniados apenas 60% de cada R$ 100 gastos. São Gonçalo conseguiu a isenção do Imposto sobre Serviço (ISS). Em Niterói, houve a mesma tentativa, mas o legislativo não foi sensibilizado. ‘Essa seria uma outra alternativa para os hospitais não irem à falência’, disse.
O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), Edgar Costa, disse que o problema da saúde, seja privada ou não, precisa ser resolvido. “Acredito que pode ser uma corrente do bem e que pode chegar até à população. Temos que erradicar o problema de saúde e uma tábua de salvação está sendo procurada”, disse Edgar Costa. 


Fonte: O FLUMINENSE