sexta-feira, 21 de junho de 2013

Prefeito ressalta dificuldade para reduzir tarifas de ônibus

Por: Leonardo Sodré 

Rodrigo Neves apoia reivindicação da população, mas se preocupa com impacto nos cofres públicos. Com diminuição das receitas, qualidade do serviço pode diminuir 














O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, exaltou a postura da população – que foi para rua reivindicar a diminuição da tarifa das passagens de ônibus –, e acredita que a iniciativa tem muito a mostrar para os governantes. Por outro lado, reconhece as dificuldades que encontrará para manter a revogação do aumento das tarifas de ônibus.
“Essas manifestações evidenciam os limites do sistema de transporte no Brasil, no meio urbano. Evidenciam que essa matriz rodoviarista do transporte individual, sobre rodas, tem limite. As autoridades que tem uma visão progressista democrática têm que ter disposição para ouvir a voz das ruas. Foi por isso que eu decidi reduzir a passagem”, disse Rodrigo.
Redução – Para fazer a vontade da população que foi às ruas se manifestar, o prefeito fez as contas e constatou que a redução da passagem reduzirá a receita dos transportes e se mostrou preocupado com o impacto disso na diminuição da qualidade do serviço.
“O sistema de transporte tem um custo. Se você considerar que o nosso sistema de transporte, em Niterói, tem uma média de 6 milhões de passageiros por mês, a redução do preço da passagem em R$ 0,20 significa que, em um ano, nós vamos tirar do sistema R$ 13 milhões. Isso é uma questão que precisa ser discutida com a sociedade sob o risco de inviabilizarmos o sistema de transporte de Niterói, principalmente na qualidade, na acessibilidade, na melhoria e na aquisição de novos veículos”, enumerou o prefeito, para depois assumir a complexidade desta equação e ressaltar as medidas necessárias que serão tomadas para viabilizá-la.
“Esse é o tamanho do nosso problema. Evidentemente o meu compromisso é não permitir a quebra do sistema e nós estamos discutindo com os governos Federal e Estadual e com os próprios empresários para fazermos reajustes nas suas margens de lucro. São medidas complementares, necessária para manter a sustentabilidade, o equilíbrio e a acessibilidade do sistema”, concluiu. 

Fonte: O FLUMINENSE

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