domingo, 19 de maio de 2013

Crise em unidades particulares de Saúde em Niterói e SG em debate


Por: Vinícius Rodrigues 

Fórum debate situação em hospitais e aponta possíveis soluções para setor. Junta encaminhará documento com reivindicações aos vereadores das duas cidades 














A crise nos hospitais e serviços de saúde do sistema privado em Niterói e São Gonçalo foi discutida na manhã de sexta-feira no Centro de Niterói, durante o 1º Fórum do segmento de saúde suplementar, realizado pela Associação de hospitais do Estado do Rio de Janeiro. Questões como o sucateamento e judicialização da saúde, falta de definição dos investimentos da União para o setor e problemas na prestação de serviço das operadoras de plano de saúde, foram os assuntos mais discutidos entre os profissionais.
Ficou decidido que, na próxima semana, um documento contendo as principais reivindicações será encaminhado aos poderes legislativos de Niterói e São Gonçalo para a resolução do impasse.
Segundo o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde privados de Niterói e São Gonçalo, os reajustes da saúde não acompanham as atualizações tecnológicas. “O drama precisa acabar. Os pacientes não conseguem vagas nos hospitais privados. Foram 18 hospitais fechados na região de Itaboraí, Niterói e São Gonçalo, em 15 anos. Só neste ano, foram dois, sendo que o Hospital Santa Lúcia, em São Gonçalo, está caminhando para o fechamento. Isso é fruto da doença crônica que se estabeleceu”, disse o presidente do sindicato, Aécio Nanci Filho.
Um exemplo de como a saúde privada no Brasil está gerando insatisfação é traduzida em números. Entre todas as queixas dos usuários dos planos de saúde à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a negativa de cobertura é o principal motivo. Em 2012, foram recebidos 210.514 pedidos de informação e 75.916 reclamações. Dessas, 75% envolveram o tema negativo da cobertura.
Para Aécio Nanci, os consórcios municipais funcionam racionalizando a gestão de várias instituições hospitalares. “Não faz sentido termos estruturas hospitalares divorciadas. Uma das soluções passa pelos secretários de saúde, que poderiam estar se reunindo, propiciando uma lógica de racionalidade maior, definindo quem vai fazer determinadas cirurgias, atendimentos e exames. Os leitos de Maricá, Tanguá e outros municípios menores não têm complexidade, o que causa a lotação em São Gonçalo e Niterói”, revelou.
Reajuste de 100%- Os sindicatos pedem 100% do reajuste em 100 procedimentos de baixa e média complexidade mais utilizados. Hoje, o Sistema Único de Saúde, o SUS, repassa aos hospitais conveniados apenas 60% de cada R$ 100 gastos. São Gonçalo conseguiu a isenção do Imposto sobre Serviço (ISS). Em Niterói, houve a mesma tentativa, mas o legislativo não foi sensibilizado. ‘Essa seria uma outra alternativa para os hospitais não irem à falência’, disse.
O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), Edgar Costa, disse que o problema da saúde, seja privada ou não, precisa ser resolvido. “Acredito que pode ser uma corrente do bem e que pode chegar até à população. Temos que erradicar o problema de saúde e uma tábua de salvação está sendo procurada”, disse Edgar Costa. 


Fonte: O FLUMINENSE

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