domingo, 4 de agosto de 2013

Sonho olímpico ganha força com descoberta do vôlei sentado


Campeão no voleibol, niteroiense Fred Souza, perdeu a chance de disputar duas Olimpíadas por lesões e agora renova as esperanças para as Paralimpíadas do Rio 














Ápice para qualquer atleta em uma vida desportiva, os Jogos Olímpicos aparecem como uma verdadeira obsessão em qualquer centro de treinamento. Em alguns momentos, quando o atleta pensa que o seu ciclo olímpico está encerrado, a vida mostra caminhos antes não revelados. Esse foi o caso do niteroiense Fred Souza, que após sérias lesões viu suas chances de defender o Brasil em uma Olimpíada, ficarem no passado.
Em 2013, após uma despretensiosa partida de vôlei de praia com os amigos, Fred conheceu o vôlei sentado, por intermédio de um amigo em comum com o técnico da Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef), da modalidade, Alexandre Medeiros. Conhecendo a nova esfera do vôlei, Fred percebeu que as suas lesões no ombro direito e no joelho esquerdo, antes problemas na corrida olímpica, poderiam representar um recomeço.
Nas regras do vôlei sentado, cada equipe pode possuir dois atletas com deficiência mínima, sendo que os dois jogadores não podem estar em quadra ao mesmo tempo. O atleta de Niterói se tornou elegível sendo classificado como “deficiência mínima” na última fase de treinamento da seleção, realizada em julho.
Após a conversa, o atleta de 42 anos, com vários títulos tanto no vôlei de quadra, quanto na modalidade de areia, viu suas chances renovadas com relação ao antigo sonho.
“As duas vezes que eu tive alguma chance de ir para a Olimpíada aconteceram lesões antes dos Jogos e agora tive a convocação para a Seleção Brasileira e o objetivo é primeiro o Parapan de Toronto em 2015 e depois os Jogos do Rio em 2016. Eu não fui à Olimpíada em pé e vou tentar ir sentado. Esse é o meu principal objetivo”, revelou o atleta da Andef.
Com experiência em todas as vertentes da modalidade, Fred Souza, fala das diferenças do sentado para o em pé.
“Uma coisa é um voleibol em pé de alta performance que você precisa saltar e atacar com o máximo de força o tempo todo. Aqui é diferente, temos grandes jogadores, mas a grande diferença está no deslocamento sentado, onde se trabalha músculos diferentes e a quadra que é menor, sendo preciso muita inteligência para jogar”, revelou. De espírito renovado e de bem com a vida, Fred comenta que redescobriu o esporte.
“Está sendo um verdadeira lição de vida trabalhar com eles. Está sendo uma nova escola de voleibol”, ressaltou.

Fonte: O Fluminense

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