domingo, 31 de março de 2013

Cresce em 131% o número de empresas em Maricá

Por: Henrique Moraes 

Prefeitura registra aumento de 131% no número de empresas de serviços, indústria e comércio em um ano . Nos primeiros meses de 2013, a curva de crescimento se manteve 














Incentivados pela desburocratização, empreendedores têm escolhido Maricá para abrir novos negócios. Em 2012, a Prefeitura registrou um aumento de 131% no número de empresas abertas no decorrer do ano – resultado considerado o melhor dos últimos tempos pela Secretaria Municipal de Fazenda. Enquanto em 2011 surgiram 565 empreendimentos (somados os setores de comércio, serviço e indústria), em 2012 o número saltou para 1.306.
 O aumento confirma uma tendência de crescimento obtido nos últimos três anos. Em 2010, foram abertas 422 empresas (46% a mais que em 2009, quando o crescimento foi de apenas 1% se comparado ao ano anterior). O fenômeno pode ser explicado pela criação, em 2010, do programa “Empresa+Fácil” – série de medidas adotadas pela Prefeitura de Maricá para acelerar os processos de registro e legalização dos novos negócios. Também contribuiu para a mudança a criação do comitê de legalização de empresas no município: o grupo reúne representantes de todos os órgãos envolvidos no processo.
O programa permite, por exemplo, que o empresário consulte, sem sair de casa, a viabilidade para a abertura de sua empresa.
“Basta que ele informe, no site da Prefeitura, alguns dados como nome; CPF ou CNPJ e o código do IPTU do imóvel onde se quer exercer a atividade e a resposta é dada em 48h”, informa o secretário municipal de Fazenda, Roberto Santiago.
É preciso também informar que tipo de atividade será feita no local. 
O prazo é suficiente para que os fiscais de posturas avaliem a compatibilidade do empreendimento com o zoneamento do imóvel, ou seja, se o local está num local autorizado para funcionamento de um estabelecimento comercial ou indústria, por exemplo. Antes do “Empresa+Fácil”, a pessoa era obrigada a se deslocar até a sede da Prefeitura para solicitar essa avaliação e, depois, retornar para saber se o pedido havia sido deferido ou não.
 Outro facilitador é a parceria entre a Prefeitura de Maricá e a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro. Antes, a documentação para legalização das empresas era emitida apenas na sede da Junta, no Rio. Desde 2011, um sistema integrado com a Prefeitura permite que tudo seja feito internamente entre os dois órgãos, sem o envolvimento direto do empresário. Nos casos em que toda a documentação é providenciada previamente pelo solicitante, o alvará é emitido num prazo de até 20 dias.
Perfil
Tomando como referência a lista de aberturas de 2012, a Prefeitura traçou um perfil dos novos empreendimentos. A maior parte deles (37,5%) está ligada à prestação de serviços (mão de obra para construção civil, eventos, serviços de beleza, paisagismo, reparos elétricos etc). Em segundo lugar está o comércio (33,7%) e em seguida estão as indústrias. No caso da atividade industrial, cabe ressaltar que, em geral, a cidade ainda não registra atividade industrial de grande porte (o mais comum são médias empresas nas áreas têxtil, de serralheria e de fabricação de móveis ou esquadrias de alumínio).
Aposta
Nos dois primeiros meses de 2013, a curva de crescimento se manteve: foram 16,67% mais registros de novas empresas do que no mesmo período do ano passado.
Sérgio da Mata Gama, de 30 anos, sócio-proprietário da franquia Mundo Verde, situada no Centro de Maricá, acredita que o comércio da cidade cresceu muito e tende a crescer muito mais.
“A cidade de Maricá está num momento importante, com grandes perspectivas de crescimento. Temos aqui um aumento expressivo da população, uma expansão forte do mercado imobiliário, o projeto do Porto etc. Tudo isso traz impactos positivos para o comércio. Já tínhamos três lojas da rede e resolvemos apostar em Marícá. A loja tem só quatro meses, mas já percebemos que fizemos a escolha certa”, avalia Gama.
Já Sérgio Goulart Vitoriano, de 41, junto com sua mulher, Rosi Neia Costa Goulart, de 40, em novembro do ano passado inaugurou o comércio de tortas Doce Loucura, no Centro. Entretanto, tudo começou de fato há 13 anos quando montou uma barraca de doces.
“Ficamos com a barraca por cinco anos quando fomos obrigados a sair do ponto pela Prefeitura, que também nos ofereceu um quiosque na praça. Como Maricá está crescendo cada vez mais, resolvemos investir numa loja. No início éramos eu e minha mulher apenas. Hoje, temos nove funcionários e vendemos uma média de 800 tortas por mês”, comemora o comerciante.

Fonte: O FLUMINENSE

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